CAMPISMO 2010

Dando uso ao espírito aventureiro que caracteriza os GruJJos, quatro jovens sobradenses rumaram ao desconhecido, no passado dia 4 de Agosto.

Destino: São Jacinto, Aveiro

Chegar a São Jacinto não foi difícil (embora a bagagem excedesse em largos quilos o peso que seria aceitável), o mais complicado foi, depois de estarmos já em São Jacinto, chegar até ao parque de campismo. Por experiência pessoal podemos afirmar que a estrada nacional nº 327 é muito, muitooo longa. Foi como se estivéssemos a caminhar há dias no deserto à procura de um oásis, mas, neste caso a nossa esperança reacendia sempre que avistávamos ao fundo mais uma curva depois da longa recta… rectas que triplicavam de comprimento pelo facto de irmos carregadinhas de malas e mais malas.

Como somos quatro boas meninas, ao fim de mais de uma hora de caminhada, lá nos apareceram duas almas caridosas que nos ofereceram boleia; teríamos aceite com todo o gosto não fosse o caso de quando isso aconteceu estarmos já a menos de 100 metros do tão desejado parque de campismo… coisas do destino, vá-se lá perceber :)

Depois do check-in chegou o momento para o qual até já tínhamos treinado em casa… a montagem da tenda; uma tarefa simples, não fosse o vento que soprava naquele início de tarde.

O vento que, segundo campistas experientes na zona, surge raramente naquela zona, decidiu trabalhar nos dias em que por lá estivemos; também a areia do chão do parque de campismo parecia não querer colaborar connosco, então lá tivemos que meter mãos à obra e começar a encher sacos e sacos de areia para não vermos a nossa linda tenda a levantar voo.

A partir daqui lá nos habituamos a segurar a tenda sempre que o vento soprava mais forte. Não fosse termos “vizinhos” extremamente prestáveis e a nossa tenda não aguentaria em pé duas noites seguidas… Um casal que “não pôde deixar de reparar que estávamos com alguns problemas com o vento e a tenda” ofereceu-se, atenciosamente, para, de martelo e ferros em mãos, nos ajudar a montar uma tenda em condições.

Conselho para campismos futuros… sejam simpáticos com os vizinhos do parque pois a qualquer momento eles podem ser a nossa salvação: quer quando queremos fazer o jantar mas não conseguimos meter a botija de gás no fogão; quando em pleno churrasco há mais labaredas do que brasas ou mesmo quando compram uma bela garrafinha de jeropiga para entornar durante o serão na tenda e se esquecem que ninguém tem saca-rolhas para a abrir. Em todos estes momentos, lá estão os vizinhos para ajudar ;)

E por falar em churrasco… tenham cuidado quando deixarem cair as costeletas do fogareiro… há sempre um ou dois espanhóis que se estão a rir da situação, junto à caravana que está discretamente estacionada ao vosso lado. Afinal, quem é que comeu a costeleta que caiu à areia?? (o mistério fica no ar)

Antes da aventura chegar ao fim, recebemos, na última noite, mais um campista na nossa magnífica tenda. Como não tínhamos quarto de hóspedes tivemos de nos acomodar com as instalações disponíveis e houve espaço para todos… Com mais ou menos espaço, o que é certo é que todos dormimos como anjinhos naquela noite, não estivéssemos já meio ‘anestesiados’ quando caímos no chão da tenda ;)

Foram cinco dias bem divertidos e que passaram a voar numa terra onde…

Fixe?? Fixes somos nós… o campismo foi muito fixe :D:D (piada interna do campismo)